terça-feira, 18 de março de 2014

a difícil arte de educar

Queria compartilhar aqui algumas preocupações que me rondam nessas últimas semanas.
Com a mudança de turminha na escola, agora Nina não tem mais as regalias de um bebê. Agora ela é uma pré-criança, ou pós-bebê. Percebem? Uma fase transitória. E difícil.
Além disso, mudou um pouco a rotina de leva-la para a escola. Antes tínhamos dois carros. Então eu a levava para a escola e depois seguia para o trabalho. Agora a tarefa está com o marido. Ele leva e busca, tanto a mamãe quanto a bebê. Então, passamos a fazer mais duas atividades em família.
Com essas mudanças, Nina ficou mais agitada e mais apegada a nós também.
Mudar de turma (espaço físico) e professoras é algo novo na cabecinha de uma mini menina. Deve dar uma confusão. Embora os coleguinhas sejam os mesmos, pois migraram de turma juntos, tem sala nova, móveis novos, rotinas e atividades novas, e novos horários de almoço, janta e lanches. Além disso, a estimulação é outra, tem escovação, educação física e mais brincadeiras no pátio. Eles só dormem se estiverem com sono mesmo. Não tem a hora do soninho. Mas, geralmente após o almoço, ela tira uma soneca.
Nina chega em casa destruída. Mas acredito que logo ela vai se acostumar à nova rotina. Questão de algumas semanas. A gente é assim com novas rotinas. Imagine eles!
A outra mudança, a da logística de ir e voltar para a escola, também deu um nó na cabeça da Ninoca. O motivo? Agora ela vê o papai e a mamãe deixando-a na escola. Ou seja, é divertido sair todo mundo junto, no mesmo carro. Ela vibra, percorre o caminho dançando, conversando. Mas o momento da separação não é nada legal. Ela quer ir junto.
Então, mudamos um pouco a maneira como a deixamos na escola. Somente um a leva até a sala. O outro fica no carro, escondido. Hoje funcionou. Espero que continue.
Bom, o que tudo isso tem a ver com a arte de educar? Tudo! Mudanças alteram a rotina, que alteram o comportamento, o sono, e outras coisas. E isso exige muito mais da gente, enquanto pais.
Todos os dias a Nina tem uma atitude diferente. Têm dias que está super bem. Outros dias, não. E nesses dias em que ela não está bem, ela chora, bate na gente, aperta (com raiva). E é aí que a coisa pega. O que fazer? O que é o certo fazer? Qual a atitude a tomar? E funciona?
Tenho lido sobre o assunto e é unânime: nunca bater. Certo, Arnaldo!
Mas e o que realmente funciona? Existe receita? Cases de sucesso?
Não, acho que não existe. Não acho: tenho certeza.
Nessas horas, tento conversar, dizer que não gostei, que não é certo, que tem que fazer carinho e não bater, que mamãe/papai ficaram tristes, faco cara de brava e tento ficar sem falar por um tempinho, pra ela pensar no que fez e ver que eu não gostei, mudo o foco... e por aí vai  a lista de argumentos.
Se funciona? Não sei. Por enquanto não está funcionando, mas vai ver que a médio e longo prazo isso vai funcionar. Espero que sim.
Enfim, sei que preciso fazer algo. Não acho certo ignorar. Porque se eu ignorar, ela vai entender que pode fazer.
É difícil. É complicado. E me preocupa um pouco (ou muito!).

Alguém aí para compartilhar experiências? 

5 comentários:

  1. Humm, educar.. Soa tão responsável na minha mente... Educar ao filho, a filha,os avós, os tios, a nós mesmos.. é uma rede imensa, não? E o melhor, ser educado por todas estas pessoas... Sempre que olho para minha filha penso que ela me ensina em silêncio... é quase uma comunicação mental.. :D Não sei opinar muito, o q faço são algumas coisas concretas e minhas projeções estão baseadas em relatos como o seu, amigos outros, livros e pediatras... Mas eu me guio pela liberdade. :)

    bj

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  2. Amiga, creio que seja apenas uma fase de adaptação. É dificil pra ela deixar de ser bebe, pra virar "mini" como vc mesma disse, se pra nos é imagina pra eles? Davi tb fica estressado, esgotado e sem paciencia. E faz o mesmo que A Nina; bate, belisca, grita, chora e etc. Confesso que, na reação do momento, ja houve vezes que rodei a mao por puro impulso, nao vou mentir. Pq eh dificil, é complicado e tambem nos esgotam, alem de nos deixar bastante triste e preocupadas. So q agora o metodo que tomamos é o "castigo na cadeirinha". Colocamos ele lá pra refletir sobre o que ele fez! E so sai quando nós damos autorização. Vou logo avisando: NAO EH FACIL! Há meses tento esse metodo com ele e sempre foi sem sucesso, ele nao respeitava o que falavamos e saia de la com a cara mais limpa do mundo. Mas voltavamos e colocavamos de novo e de novo e de novo, quantas vezes fosse necessario. Com a entrada na escolinha, tudo isso tem nos ajudado muito. Ele mudou, tá mais rapaz e ouvinte de todas as reclamações e nao sai do castigo. As vezes chora muuito, mas nao sai. E consequetemente, nao faz o que lhe levou a ficar de molho na cadeirinha, rs.

    Vai dar tudo certo! Eh um desafio mas, sempre tem seu final feliz. Boa sorte :D

    Bjos p vc e Ninoca..

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  3. A mudança de rotina será constante na vida da Nina e com o tempo tudo irá se encaixar, Mais a arte de educar é complexa, como disse não existe receita ou fórmula o que dá certo com um, pode não dar com outro,aqui em casa são cinco ou seja cinco maneiras diferentes de lidar com sentimentos, ansiedades, mudanças. As vezes uma conversa basta, outras preciso tirar algo que gosta muito, outras vezes preciso deixar pensando e por aí vai.
    Mais tenho certeza que vc irá encontrar o caminho certo.
    Adorei conhecer o seu cantinho
    Bjs e seguindo
    Sou mãe de cinco

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  4. Puxa, Bibi. A gente mal passa pelo parto, e nossos bbs já viram mini cças em um piscar de olhos? que coisa...

    Esse post é fantástico! Me fez pensar e repensaer em tudo o que faço ou deixo de fazer pela Mel quanto à sua educação. Graças a Deus, tenho tido muuuuuita paciência, mas não consigo evitar a ação de levantar o tom de voz qdo ela faz algo errado. Funciona, mas não é o jeito certo. Vamos achar nossa maneira... e quem achar primeiro, grita!
    Beijos, parabéns pela mãezona que vc é.

    Mãe & Mel

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  5. Consigo sim Bibi, mas tento isso há meses e todas as vezes eram sem sucessos. Hoje, é o metodo mais eficaz por aqui. A famosa "cadeirinha do pensamento" tem nos ajudado muito. Ele pensa e nao repete o que fez. E se repetir, volta pra la. Vai tentando aplicar, quem sabe daqui a uns meses ela entenda? Espero q passe logo tudo isso! Bjocas

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Pensa comigo?!?