Queria compartilhar
aqui algumas preocupações que me rondam nessas últimas semanas.
Com a
mudança de turminha na escola, agora Nina não tem mais as regalias de um bebê.
Agora ela é uma pré-criança, ou pós-bebê. Percebem? Uma fase transitória. E difícil.
Além disso,
mudou um pouco a rotina de leva-la para a escola. Antes tínhamos dois carros.
Então eu a levava para a escola e depois seguia para o trabalho. Agora a tarefa
está com o marido. Ele leva e busca, tanto a mamãe quanto a bebê. Então,
passamos a fazer mais duas atividades em família.
Com essas
mudanças, Nina ficou mais agitada e mais apegada a nós também.
Mudar de
turma (espaço físico) e professoras é algo novo na cabecinha de uma mini
menina. Deve dar uma confusão. Embora os coleguinhas sejam os mesmos, pois
migraram de turma juntos, tem sala nova, móveis novos, rotinas e atividades
novas, e novos horários de almoço, janta e lanches. Além disso, a estimulação é
outra, tem escovação, educação física e mais brincadeiras no pátio. Eles só
dormem se estiverem com sono mesmo. Não tem a hora do soninho. Mas, geralmente após
o almoço, ela tira uma soneca.
Nina chega
em casa destruída. Mas acredito que logo ela vai se acostumar à nova rotina. Questão
de algumas semanas. A gente é assim com novas rotinas. Imagine eles!
A outra
mudança, a da logística de ir e voltar para a escola, também deu um nó na cabeça
da Ninoca. O motivo? Agora ela vê o papai e a mamãe deixando-a na escola. Ou
seja, é divertido sair todo mundo junto, no mesmo carro. Ela vibra, percorre o
caminho dançando, conversando. Mas o momento da separação não é nada legal. Ela
quer ir junto.
Então,
mudamos um pouco a maneira como a deixamos na escola. Somente um a leva até a
sala. O outro fica no carro, escondido. Hoje funcionou. Espero que continue.
Bom, o que
tudo isso tem a ver com a arte de educar? Tudo! Mudanças alteram a rotina, que
alteram o comportamento, o sono, e outras coisas. E isso exige muito mais da
gente, enquanto pais.
Todos os
dias a Nina tem uma atitude diferente. Têm dias que está super bem. Outros
dias, não. E nesses dias em que ela não está bem, ela chora, bate na gente,
aperta (com raiva). E é aí que a coisa pega. O que fazer? O que é o certo
fazer? Qual a atitude a tomar? E funciona?
Tenho lido
sobre o assunto e é unânime: nunca bater. Certo, Arnaldo!
Mas e o que
realmente funciona? Existe receita? Cases de sucesso?
Não, acho
que não existe. Não acho: tenho certeza.
Nessas
horas, tento conversar, dizer que não gostei, que não é certo, que tem que
fazer carinho e não bater, que mamãe/papai ficaram tristes, faco cara de brava
e tento ficar sem falar por um tempinho, pra ela pensar no que fez e ver que eu
não gostei, mudo o foco... e por aí vai
a lista de argumentos.
Se
funciona? Não sei. Por enquanto não está funcionando, mas vai ver que a médio e
longo prazo isso vai funcionar. Espero que sim.
Enfim, sei
que preciso fazer algo. Não acho certo ignorar. Porque se eu ignorar, ela vai
entender que pode fazer.
É difícil. É
complicado. E me preocupa um pouco (ou muito!).
Alguém aí
para compartilhar experiências?